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Quais são as principais doenças de pele em cães e gatos?

Ana Castro • 30 de maio de 2022

Infelizmente existem diversas doenças de pele que afetam os cães e os gatos. Por diversos fatores, como: predisposição genética de determinadas raças, infecção por parasitas e também a desinformação por parte dos tutores, que muitas vezes não se atentam a vários cuidados importantes que deveriam ter com a saúde do pet.


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Quais os tipos mais comuns de doenças de pele em cães e gatos?


Normalmente, quando falamos em doenças de pele, as mais lembradas são: sarna, carrapatos e pulgas. E realmente, essas três atormentam a vida de muitos pets por aí. 


Mas, há outras doenças tão comuns quanto essas mas que são pouco faladas. Veja a seguir!

A Micose é uma das principais doenças de pele em cães e gatos

Micose


Essa é uma doença causada pela presença de fungos na pele do animal. Um ponto importante aqui é que as Micoses podem ser transmitidas tanto de animal para animal,
quanto de animal para pessoas.


Por isso, é de extrema importância ficar de olho nos primeiros sinais da sua presença.


Sinais Clínicos


Normalmente as Micoses aparecem quando o sistema imunológico do pet está baixo, e para identificá-la basta ficar de olho nesses sinais:


  • Lesões avermelhadas na pele do pet
  • Perda de tufos de pelo, gerando buracos na pelagem, com o tempo
  • O pet sente muita coceira, por isso pode apresentar variações no comportamento, como: se lamber demais ou se morder


Tratamento


O tratamento depende do estado clínico do pet. Pode levar de 30 dias até 6 meses, em média.

Normalmente o processo é feito através de tratamento sistêmico com antifúngico (via oral) ou local (tópico, com auxílio de pomadas e banhos medicamentosos).

Quem irá direcionar a melhor solução será o médico veterinário após examinar o pet.


Prevenção


A melhor medida de prevenção é manter em dia a higiene, com banhos periódicos do pet e limpeza dos ambientes.


Piodermite


A palavra “piodermite” significa “pio: pus + dermite: inflamação da pele”. Essa infecção de pele dos pets é causada por bactérias, que normalmente se alojam nos locais da pele em que nascem os pêlos.

As bactérias causadoras da doença, em sua maioria, já fazem parte da microbiota cutânea do pet, e a doença aparece quando ocorre algum desequilíbrio no organismo do animal, gerando uma proliferação bacteriana excessiva que ocasiona as lesões de piodermite. 


Sinais Clínicos


A doença pode se manifestar de formas diferentes, através do aparecimento de:

  • Pequenas elevações avermelhadas recobertas por crostas;
  • Pequenas bolhas com pus (pústulas);
  • Perda de pelame de forma circular recoberta por escamas;
  • Úlceras (perda profunda de pele);
  • Erosões (perdas superficiais de pele);


Tratamento


O tratamento consiste no uso de antibióticos, shampoos antissépticos ou anti-seborréicos e, principalmente, na prevenção! Através da identificação e correção das causas que geraram a doença.


É importante saber qual o agente causador da doença, nesse caso, é necessário que seja feito um exame chamado “cultura” e “antibiograma”, para saber qual bactéria está ocasionando a doença e, assim, entrar com o antibiótico correto.


Dessa forma podemos evitar a resistência bacteriana, e o tratamento é realizado de forma correta.


Dermatite Alérgica


A dermatite em pets é muito similar às alergias de pele que ocorrem nos humanos. Então, seguindo essa lógica, não há um único fator causador da doença que podemos citar aqui. Podem ser diversas situações, como:

  • predisposição genética
  • infecção bacteriana
  • alergia alimentar
  • infecção fúngica
  • lambidas
  • alergia a picada de insetos


O tratamento também irá variar de acordo com o fator causador da alergia.


Fungos


Fungos são organismos que se proliferam muito bem na umidade, por isso, as regiões mais úmidas dos animais, como axilas e virilhas podem ser perfeitas para o surgimento de fungos.


Sinais Clínicos


  • Marcas escuras e arredondadas
  • Feridas
  • Vermelhidão
  • Coceira


Tratamento


Normalmente o uso de shampoos específicos para a situação já resolvem, mas, há casos em que o uso de medicamentos é necessário.

E, sem querer ser repetitiva e puxar sardinha para o meu assado, mas você já sabe né? Consulte um veterinário!


Dermatite Seborreica


Vulgarmente, podemos dizer que essa doença é uma espécie de “caspa”, já que o seu principal sintoma é a descamação constante da pele. 

Outros sinais clínicos envolvem:


  • Coceira
  • Vermelhidão
  • Mau cheiro
  • Excesso de sebo
  • Perda da camada mais externa da pele (que é a que descama).
Raças de cães e gatos com maior predisposição a ter doenças de pele

Quais são as raças de cães e gatos com maior predisposição a ter doenças de pele?


Como falamos lá no início do texto, um dos motivos do surgimento de doenças de pele pode ser a predisposição genética do animal, outros motivos podem ser a espessura e comprimento do pelo. 


Então, veja abaixo as raças que estão mais suscetíveis a doenças de pele e seus devidos motivos! 


Cachorros


  • Yorkshire Terrier: com frequência os cães dessa raça sofrem de alopecia por diluição da cor, que é quando a pelagem do pet vai enfraquecendo e ficando rala.

  • Golden Retriever: devido à pelagem mais longa, os Goldens costumam sofrer de dermatite úmida aguda canina, causada por picadas de parasitas ou pulgas.

  • Poodle: essa raça tem uma grande tendência para doenças comuns como fungos, bactérias e alergias.


  • Labrador: essa raça possui uma predisposição para o desenvolvimento da dermatite atópica, uma inflamação crônica que atinge a pele do cão, causando coceiras severas, vermelhidão, hiperpigmentação entre outros sintomas. Infelizmente, a alergia não possui cura. Então deve ser tratada para que seja devidamente controlada.

Gatos


Todos os problemas de pele citados ao longo do texto podem afetar os gatos, mas há duas espécies em específico que apresentam mais predisposição à algumas doenças. Veja!


  • Sphynx: o famoso “gato pelado” requer diversos cuidados com a sua pele que está sempre exposta a queimaduras e dermatites, além do ressecamento durante épocas frias.

  • Persa: devido aos cruzamentos genéticos realizados no persa, ele está sujeito a apresentar doenças como seborréia hereditária, causando espinhas e cera abundante nas orelhas, e dermatite facial idiopática, talvez causada por um distúrbio das glândulas sebáceas. É caracterizada por uma secreção escura que forma crostas consideráveis ​​ao redor dos olhos, boca e nariz em gatos jovens. 


Espero que o conteúdo tenha te auxiliado a compreender mais sobre saúde animal, estou à disposição para te ajudar!


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Antes de seguirmos com o nosso tema, eu gostaria de indicar para você outros textos que estão em alta no nosso blog, e que podem te ajudar: Vacinação veterinária em domicílio: tire todas as suas dúvidas Entenda a ansiedade de separação em cães O que é leishmaniose canina? Essa doença, também conhecida como calazar, é causada principalmente pelos insetos transmissores denominados flebotomíneos, conhecidos popularmente como "mosquito" palha, tatuquiras, birigui, entre outros, e ocorre quando um desses transmissores infectados pica o cachorro e libera esse protozoário na corrente sanguínea dele, resultando na doença. Além dos cachorros, esse parasita também afeta os seres humanos, por isso chamamos essa doença de zoonose, ou seja, uma enfermidade naturalmente transmissível entre os animais e o homem, ameaçando a saúde da população. Como prevenir a leishmaniose canina? Ao contrários do Aedes Aegypti, que precisa de água parada para depositar os seus ovos, o “mosquito-palha” deposita os seus ovos em qualquer tipo de matéria orgânica (folhas, galhos, raízes, cascas, fezes, alimentos), por isso, a nossa primeira dica para manter o seu animal seguro é: ambiente sempre bem higienizado e manter seu quintal livre de matéria orgânica. Além disso, há outras formas importantes de proteger o seu animal. Veja: Repelente líquido contra leishmaniose - pipeta: essa opção é ótima e útil para casos de viagens a lugares que você não conhece o histórico de contaminações, por exemplo. Esse é o caso de Florianópolis, local que possui grande número de casos da doença. Além de agir contra o transmissor da leishmaniose, a pipeta repelente evita também a presença de pulgas e carrapatos, e deve ser aplicada na nuca do pet a cada 30 dias. É importante garantir que o animal não consiga lamber ou ingerir o conteúdo da pipeta, pois pode apresentar vômito ou alguma alergia a aplicação do produto. Esse produto custa de R$ 50 a R$ 100, variando muito de marca para marca e da composição do produto. Coleira repelente: essa coleira é impregnada de inseticida e tem a função de espantar e matar o “mosquito-palha”, contribuindo para a segurança do seu cão e da sua família. A coleira dura de quatro a oito meses, de acordo com os cuidados que o tutor tiver com ela. Por exemplo, para conservá-la por mais tempo, é importante evitar que ela molhe, por isso, retire-a para os banhos. Caso o animal acabe ingerindo o material, os sinais clínicos mais comuns são: falta de coordenação dos movimentos, tremores, salivação excessiva, vômitos e rigidez dos membros posteriores. Caso isso ocorra, procure um médico veterinário o quanto antes, pois os sinais clínicos normalmente podem ser revertidos em até 48hrs. O valor das coleiras varia de R$ 80 a R$ 180, dependendo da marca, e você encontra facilmente em petshops, agropecuárias ou na internet. Vacinação: a vacina irá estimular a imunidade e tentar proteger o animal caso seja infectado. Mas, para evitar que a picada aconteça, é recomendada a dupla proteção, com o uso de repelente ou coleira e vacina. Nós realizamos a vacinação em domicílio, entre em contato e vamos agendar a do seu pet. Sinais clínicos Estima-se que 60% dos animais infectados não apresentem sinais da doença, são assintomáticos. Mas, em caso de sinais, os mais comuns são: Emagrecimento progressivo; Lesões na pele sem cicatrização (principalmente em ponta de orelhas); Crescimento exacerbado das unhas; Febre. Ao identificar qualquer mudança de comportamento no seu cão, entre em contato com um médico veterinário, afinal, conforme a doença avança, a imunidade do seu cão irá sendo comprometida. O diagnóstico é feito através de um exame de sangue de sorologia, PCR ou teste rápido. Em fase mais adiantada: Crescimento demasiado das unhas, baço aumentado de tamanho, linfonodos aumentados (ínguas), falta de pelos em algumas áreas do corpo, úlceras de pele, inflamação dos olhos, coriza, apatia, diarreia, hemorragia intestinal, edema de patas (inchaço causado por excesso de líquido), vômito e hiperqueratose (uma quantidade anormal de queratina, principalmente no focinho). Na fase final, ocorre paresia (incapacidade de mover) de membros posteriores, caquexia (perda da musculatura e gordura) e morte. A leishmaniose canina tem cura? Não existe cura, mas existe tratamento para os sinais clínicos! Antigamente, os cães infectados tinham automaticamente a recomendação para serem sacrificados, já que a doença apresentava muitos riscos de propagação para a população. Mas, graças a evolução da medicina veterinária, hoje existem medicamentos exclusivos para os animais, que não apresentam nenhum risco à saúde humana. Porém, o pet deve ser acompanhado de perto por um veterinário durante toda sua vida, pois o tratamento de Leishmaniose canina não elimina completamente a doença, que é crônica, mas impede que ela evolua e diminui a carga protozoária. Quanto custa, em média, o tratamento para a Leishmaniose canina? Por baixo, os custos para manter o tratamento de um animal de 10kg, giram no entorno de R$ 2.000 por mês. Esse valor varia de acordo com os sinais clínicos que o animal irá apresentar, conforme citamos mais acima no texto. Porém, o protozoário seguirá presente no organismo do cão, danificando o sistema imunológico e apresentando, muitas vezes, outros problemas como doença renal crônica. Por isso, dependendo do animal, o tratamento poderá chegar à R$ 10.000 por mês, tornando inviável para o tutor manter esse acompanhamento. Por que os cães com leishmaniose apresentam riscos à saúde humana? Não somente à saúde humana, mas também a outros cães, porquê o protozoário transmissor da leishmaniose segue no corpo do animal, tornando ele um reservatório da doença. Ou seja, sempre que o "mosquito-palha", transmissor da leishmaniose, picar o cão, ele irá se contaminar e poderá picar outros cães e humanos, gerando uma nova cadeia da doença.  A MELHOR FORMA DE EVITAR A DOENÇA É FAZENDO A PREVENÇÃO! E aí, o seu cachorro já foi vacinado? Você já faz uso da coleira ou da pipeta repelente? Esperamos que esse conteúdo tenha te ajudado a entender mais sobre o assunto, e a manter o seu animal ainda mais seguro. Atendemos em domicílio, 24h por dia, entre em contato conosco , através do WhatsApp 📲 (48) 991047478 , ou se preferir, acesse o nosso site: www.anacastrovet.com.br/#AgendeConsult a e vamos cuidar do seu pet.
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Por Ana Castro 25 mai., 2021
A vacinação veterinária em domicílio surgiu para trazer mais tranquilidade aos tutores e ao pet. Leia o nosso conteúdo e tire todas as suas dúvidas.
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