Por Ana Castro
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07 jul., 2021
A leishmaniose visceral canina (LVC) Talvez você já saiba bastante sobre a leishmaniose, mas tenha ficado surpreso quando leu o título “leishmaniose canina”, afinal, essa doença em cães é realmente um pouco desconhecida para a maioria dos tutores. Mas, apesar de ser pouco falada e conhecida popularmente, a leishmaniose canina é uma doença muito séria no Brasil. Em 2017, 90% dos casos de leishmaniose canina registrados na América Latina ocorreram no Brasil, mais tarde, em 2012, foi registrada uma taxa de 7,1% de letalidade da doença no país. Pensando na importância da questão, preparamos este conteúdo para ajudar você a cuidar do seu pet. Ao longo do texto, você encontrará respostas para as seguintes questões: O que é leishmaniose canina Como prevenir a leishmaniose canina Quais são os sintomas da leishmaniose canina A leishmaniose canina tem cura? Quanto custa, em média, o tratamento para a Leishmaniose Canina? Por que os cães com leishmaniose apresentam riscos à saúde humana? Antes de seguirmos com o nosso tema, eu gostaria de indicar para você outros textos que estão em alta no nosso blog, e que podem te ajudar: Vacinação veterinária em domicílio: tire todas as suas dúvidas Entenda a ansiedade de separação em cães O que é leishmaniose canina? Essa doença, também conhecida como calazar, é causada principalmente pelos insetos transmissores denominados flebotomíneos, conhecidos popularmente como "mosquito" palha, tatuquiras, birigui, entre outros, e ocorre quando um desses transmissores infectados pica o cachorro e libera esse protozoário na corrente sanguínea dele, resultando na doença. Além dos cachorros, esse parasita também afeta os seres humanos, por isso chamamos essa doença de zoonose, ou seja, uma enfermidade naturalmente transmissível entre os animais e o homem, ameaçando a saúde da população. Como prevenir a leishmaniose canina? Ao contrários do Aedes Aegypti, que precisa de água parada para depositar os seus ovos, o “mosquito-palha” deposita os seus ovos em qualquer tipo de matéria orgânica (folhas, galhos, raízes, cascas, fezes, alimentos), por isso, a nossa primeira dica para manter o seu animal seguro é: ambiente sempre bem higienizado e manter seu quintal livre de matéria orgânica. Além disso, há outras formas importantes de proteger o seu animal. Veja: Repelente líquido contra leishmaniose - pipeta: essa opção é ótima e útil para casos de viagens a lugares que você não conhece o histórico de contaminações, por exemplo. Esse é o caso de Florianópolis, local que possui grande número de casos da doença. Além de agir contra o transmissor da leishmaniose, a pipeta repelente evita também a presença de pulgas e carrapatos, e deve ser aplicada na nuca do pet a cada 30 dias. É importante garantir que o animal não consiga lamber ou ingerir o conteúdo da pipeta, pois pode apresentar vômito ou alguma alergia a aplicação do produto. Esse produto custa de R$ 50 a R$ 100, variando muito de marca para marca e da composição do produto. Coleira repelente: essa coleira é impregnada de inseticida e tem a função de espantar e matar o “mosquito-palha”, contribuindo para a segurança do seu cão e da sua família. A coleira dura de quatro a oito meses, de acordo com os cuidados que o tutor tiver com ela. Por exemplo, para conservá-la por mais tempo, é importante evitar que ela molhe, por isso, retire-a para os banhos. Caso o animal acabe ingerindo o material, os sinais clínicos mais comuns são: falta de coordenação dos movimentos, tremores, salivação excessiva, vômitos e rigidez dos membros posteriores. Caso isso ocorra, procure um médico veterinário o quanto antes, pois os sinais clínicos normalmente podem ser revertidos em até 48hrs. O valor das coleiras varia de R$ 80 a R$ 180, dependendo da marca, e você encontra facilmente em petshops, agropecuárias ou na internet. Vacinação: a vacina irá estimular a imunidade e tentar proteger o animal caso seja infectado. Mas, para evitar que a picada aconteça, é recomendada a dupla proteção, com o uso de repelente ou coleira e vacina. Nós realizamos a vacinação em domicílio, entre em contato e vamos agendar a do seu pet. Sinais clínicos Estima-se que 60% dos animais infectados não apresentem sinais da doença, são assintomáticos. Mas, em caso de sinais, os mais comuns são: Emagrecimento progressivo; Lesões na pele sem cicatrização (principalmente em ponta de orelhas); Crescimento exacerbado das unhas; Febre. Ao identificar qualquer mudança de comportamento no seu cão, entre em contato com um médico veterinário, afinal, conforme a doença avança, a imunidade do seu cão irá sendo comprometida. O diagnóstico é feito através de um exame de sangue de sorologia, PCR ou teste rápido. Em fase mais adiantada: Crescimento demasiado das unhas, baço aumentado de tamanho, linfonodos aumentados (ínguas), falta de pelos em algumas áreas do corpo, úlceras de pele, inflamação dos olhos, coriza, apatia, diarreia, hemorragia intestinal, edema de patas (inchaço causado por excesso de líquido), vômito e hiperqueratose (uma quantidade anormal de queratina, principalmente no focinho). Na fase final, ocorre paresia (incapacidade de mover) de membros posteriores, caquexia (perda da musculatura e gordura) e morte. A leishmaniose canina tem cura? Não existe cura, mas existe tratamento para os sinais clínicos! Antigamente, os cães infectados tinham automaticamente a recomendação para serem sacrificados, já que a doença apresentava muitos riscos de propagação para a população. Mas, graças a evolução da medicina veterinária, hoje existem medicamentos exclusivos para os animais, que não apresentam nenhum risco à saúde humana. Porém, o pet deve ser acompanhado de perto por um veterinário durante toda sua vida, pois o tratamento de Leishmaniose canina não elimina completamente a doença, que é crônica, mas impede que ela evolua e diminui a carga protozoária. Quanto custa, em média, o tratamento para a Leishmaniose canina? Por baixo, os custos para manter o tratamento de um animal de 10kg, giram no entorno de R$ 2.000 por mês. Esse valor varia de acordo com os sinais clínicos que o animal irá apresentar, conforme citamos mais acima no texto. Porém, o protozoário seguirá presente no organismo do cão, danificando o sistema imunológico e apresentando, muitas vezes, outros problemas como doença renal crônica. Por isso, dependendo do animal, o tratamento poderá chegar à R$ 10.000 por mês, tornando inviável para o tutor manter esse acompanhamento. Por que os cães com leishmaniose apresentam riscos à saúde humana? Não somente à saúde humana, mas também a outros cães, porquê o protozoário transmissor da leishmaniose segue no corpo do animal, tornando ele um reservatório da doença. Ou seja, sempre que o "mosquito-palha", transmissor da leishmaniose, picar o cão, ele irá se contaminar e poderá picar outros cães e humanos, gerando uma nova cadeia da doença. A MELHOR FORMA DE EVITAR A DOENÇA É FAZENDO A PREVENÇÃO! E aí, o seu cachorro já foi vacinado? Você já faz uso da coleira ou da pipeta repelente? Esperamos que esse conteúdo tenha te ajudado a entender mais sobre o assunto, e a manter o seu animal ainda mais seguro. Atendemos em domicílio, 24h por dia, entre em contato conosco , através do WhatsApp 📲 (48) 991047478 , ou se preferir, acesse o nosso site: www.anacastrovet.com.br/#AgendeConsult a e vamos cuidar do seu pet.